quinta-feira, 29 de março de 2012

Medalha Centenário do Batalhão Tobias de Aguiar... Também errada!


Em 2011, foi feito um segundo modelo da Medalha do Centenário do Batalhão Tobias de Aguiar.
A medalha foi projetada pelo então Tenente Paulo Adriano Telhada que ao galgar o posto de Tenente Coronel, novamente servindo no 1o BPChq, procurou corrigir algumas inconsistências em relação ao que estava escrito no decreto de sua criação.
Neste modelo, contudo, falta um elemento em relação a sua descrição oficial.
O decreto prevê, no centro da medalha, o Brasão de Armas do 1º Batalhão de Polícia de Choque Tobias de Aguiar, ladeado pelos números 1891 à esquerda e 1991 à direita, tudo circundado pelos dizeres “1º Centenário – Batalhão Tobias de Aguiar”, em caracteres versais e, em orla, onze estrelas, de cinco pontas, representando a participação em campanhas.
Essas estrelas não estão presentes nesse modelo. Seria o caso de um terceiro modelo corrigindo esse detalhe?
Comento sobre o primeiro modelo nesta postagem.

Distintivo do Curso de Assuntos Civis



   Distintivos de curso não pertencem propriamente ao assunto “medalhística”, mas, tem uma conexão muito próxima ao tema.
   Um Policial Militar que termina um curso na Corporação tem certificada sua capacidade de desempenhar a atividade na qual se propôs a trabalhar.

   Este distintivo é sobre o curso de Assuntos Civis.
   Trabalhar sendo o porta-voz de uma instituição tão complexa como a PMESP é bem difícil.
   Num país em que todos se acham técnicos da seleção brasileira de futebol ou especialistas em segurança pública, o Oficial de relações públicas PM é bombardeado por todo tipo de questões até filosóficas ao apresentar uma ocorrência pontual.
   A profissão de policial já é difícil; onde o PM anda no “fio da navalha” ao desempenhar sua missão.
   Explicar tecnicamente, a quem, eventualmente, tem até má vontade para com a polícia é uma tarefa que exige preparo próprio.
   Para isso se criou o curso e esse distintivo simboliza que o PM é preparado para isso.

     Atualização em 28/06/2012:

   O Coronel Ricardo Paixão, o criador desse distintivo em 1983, me disse que as setas representam a via de duas mãos da comunicação social.

   No centro do mapa estilizado do Estado de São Paulo, delineado em verde, está o distintivo das Polícias Militares de acordo com a Inspetoria Geral das Polícias Militares - IGPM.

terça-feira, 27 de março de 2012

Medalha Centenário do Batalhão Tobias de Aguiar - 1991 - Errada!


MUITO ALÉM DA ROTA
Quem entra no quartel do 1º Batalhão de Polícia de Choque, o 1º BPChq, não vê apenas uma Unidade. O visitante se depara com a história da Polícia Militar paulista, do Estado de São Paulo e da própria nação, história que ainda está se desenrolando ali dentro.
No Batalhão, desde 1970, atua um dos serviços com mais mística na Instituição: A ROTA.
O Policial Militar que ali trabalha considera as verdadeiras láureas o seu braçal e sua boina negra.
Ao receber uma medalha do 1º BPChq, seus ex-integrantes podem dizer, sem falar, que tiveram o privilégio de pertencer a essa Unidade tão conceituada.
Quanto à medalha em si, temos alguns comentários: O decreto diz que a medalha é um "resplendor canelado". Contudo, no item seguinte, ao dizer os elementos que carregam o centro da medalha, diz: "...tudo circundado pelos dizeres: "1º Centenário – Batalhão Tobias de Aguiar”, em caracteres versais...".
Isso foi interpretado como se toda a medalha tivesse que ser circundada por esses dizeres, dando uma forma arredondada à medalha como se pode ver na imagem. Na verdade a idéia era outra, e a medalha foi modificada, como veremos na próxima postagem.
A fita é outro ponto fraco da medalha: pintada de modo grosseiro com falhas entre as cores, rebaixa o que deveria ser uma obra de arte.
Medalha criada pelo Decreto Estadual 33927 de 14 de outubro de 1991.
O segundo modelo da medalha pode ser visto aqui.


sexta-feira, 23 de março de 2012

Medalha "Batalhão Humaitá" - 2010


O Terceiro Batalhão de Polícia de Choque (3º BPChq), o Batalhão Humaitá, foi criado em 16 de agosto de 1950 com a denominação de DPM (Delegacia de Polícia Militar).
Durante todo esse tempo, as atividades dessa Unidade foram se modificando, tendo abrigado diversas Subunidades com atividades que exigem conhecimento especializado.
Hoje o 3º BPChq realiza escoltas de presos à disposição da Justiça.
A medalha é de formato circular de prata de trinta e cinco milímetros de diâmetro e, no anverso ao centro o mapa estilizado do Estado de São Paulo, sobreposto a este, um elmo com cimeira, tendo à destra o algarismo “3”, em chefe em caracteres versais maiúsculos a epígrafe “BATALHÃO HUMAITÁ”, em ponta, um listel com a inscrição “3º Batalhão de Polícia de Choque”, na orla em relevo de cinco milímetros de largura uma coroa de louros, com seus ramos cruzados em aspa.
No reverso, ao centro, o Brasão de Armas da Polícia Militar do Estado de São Paulo circundado pela seguinte inscrição em caracteres versais maiúsculos “POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO”.
A medalha deveria pender de uma fita de gorgorão de seda chamalotada de sessenta milímetros de comprimento e trinta e cinco milímetros de largura, toda de verde.
Como a quase totalidade das medalhas atuais, a fita, na realidade não é de seda chamalotada, mas, de tecido sintético pintado.
A barreta é carregada com o elmo do 3º de Choque.
     Medalha criada pelo Decreto Estadual n° 55749 de 29 de abril de 2010.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Medalha Pedro Dias de Campos Correta

        Na postagem anterior mostrei uma medalha Pedro Dias de Campos errada.
        Agora a medalha na sua forma correta:

 
        Nesta medalha, o brasão e os dizeres são os correspondentes à época da Força Pública, mas, esta é a forma como está descrita no decreto de 1975 não da forma que está mostrada no item anterior.
        Isso muda até as feições gerais da medalha como um todo.
        Lendo o decreto de 1966 se observa que ele descrevia uma medalha que não correspondia nem à descrição da medalha anterior nem a desta postagem.
        As alterações de 1975 colocaram a descrição exatamente na forma acima, como deveria ser usada hoje.
        A medalha se destina ao primeiro colocado de cada curso de formação e aperfeiçoamento na PMESP.
        A medalha tem dois graus: bronze para os cursos de formação e aperfeiçoamento de praças e prata para os de oficiais.
        Criada pelo Decreto Estadual 46243, de 06 de maio de1966 alterado pelo Decreto n° 7.137, de 26 de novembro de 1975.

domingo, 18 de março de 2012

Medalha Pedro Dias de Campos... Errada!

Como disse na última postagem, algumas vezes, as pessoas cometem erros em determinado ponto do processo de feitura de uma medalha.
A medalha Pedro Dias de Campos que vou postar abaixo é um desses casos:



        Enumerei os erros que passo a descrever:

1 - Fita errada:               Primeiro erro: O decreto dessa medalha prevê fita de seda.
                                       O tecido dessa medalha é sintético além das cores estarem pintadas
                                       por cima e não fazem parte da trama do tecido. Ao menos, nesse caso, não se
                                       vê falhas grosseiras na pintura como algumas que veremos em outras
                                       postagens.
                                       Segundo erro: A fita não tem as faixas brancas entre a azul e a vermelha.

2 - A fita foi cortada: Para "encaixar" a fita no suporte, a fita foi cortada. Além de não ser previsto,
                                      isso fica muito feio.
                                      Esses detalhes desvalorizam o que era para ser uma pequena obra de arte.

3 - O suporte da fita está errado: Por fim, temos a grande incorreção neste modelo: o decreto prevê 
                                      dois florões nas laterais superiores, interligadas a fim de passar a fita. Por
                                      algum motivo que desconheço, esse detalhe (que dá outra "cara" à medalha),
                                      está feito em desconformidade com o decreto, num suporte só, por cima.
 
        A descrição da medalha de 1966 mencionava um florão preso a argola e contra-argola, o que daria uma fita suspensa à maneira francesa, nada como na imagem acima.
        As alterações feitas em 1975 ajustaram o decreto estadual ao tipo de medalha feito na época.(clique aqui)
        Ocorre que, em algum momento, ela começou a ser produzida da forma vista aqui.
       Imagino que o antigo fabricante leu apenas o decreto de 66 ignorando as alterações de 75, não seguindo nem uma nem outra norma.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Os erros mais comuns na medalhística militar paulista atual

Venho estudando as medalhas militares paulistas há alguns anos e percebo que, à medida que o tempo passa, as medalhas vêm caindo de qualidade.
Isso se deve a uma sequência de erros que, não detectados, são aprovados e, pior, repetidos em outras medalhas.
Alguns dos erros mais comuns:

- Os projetos das medalhas são pensados de maneira equivocada. - Devido à exigência da PMESP de que as Unidades só podem ter medalhas no cinquentenário ou no centenário e seus múltiplos de 50 em 50 anos.
O tempo de existência da OPM, contudo, não é o único critério.
Existem Batalhões dando medalhas comemorativas de 50 anos há uns vinte anos.
Vultos históricos das OPM bem como participação em eventos históricos são outros temas que podem ser abordados ao se propor uma medalha.
Um serviço executado pela OPM que extrapole sua própria designação também pode ser um tema de medalha como, por exemplo, o mérito da Justiça e Disciplina para a Corregedoria da PMESP ou ainda o Mérito das Comunicações para o CSM/MTel.

- Algumas medalhas são quase cópias de outras - Uma medalha deve ser uma obra de arte para se  usar no peito. Recentemente foi editada uma norma visando orientar como se apresentar uma proposta de criação de uma medalha. Até aí, tudo bem. Ocorre que, nessa norma, foi colocada a proposta de um decreto, como modelo.
Inadvertidamente, os encarregados da criação das medalhas nos Batalhões e até mesmo nas instâncias que tem a incumbência de aprová-las, interpretaram esse modelo como determinação de ser igual ao que está ali colocado como exemplo.
UMA OBRA DE ARTE NÃO PODE TER CLONES!!!

- A medalha não é feita como manda o decreto - Esse erro volta e meia é constatado, mesmo nas medalhas mais antigas. Um exemplo é a medalha Pedro Dias de Campos, sobre a qual comentarei em outra postagem.

- A fita da medalha é feita de materiais de má qualidade - Toda medalha tem no decreto a exigência: "...fita de seda chamalota...". Infelizmente, na prática, se fazem fitas dos piores materiais possíveis, passando loge da seda chamalotada.
Já vi fita feita de plástico!
Boa parte das fitas são feitas com material sintético e pintadas por cima como se pinta uma camiseta e, para piorar, com falhas terríveis, arruinando o trabalho.

- Medalha feita em metal de baixíssima qualidade - Alguns fabricantes, para baixar os custos da medalha, usam metais de qualidade pra lá de ruins (zamac ou pior), e para piorar, cobram o preço de metais mais nobres.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Medalha Centenário do 14º BPM/M - 1992


Osasco tem seu Batalhão centenário: o 14º BPM/M.
O Batalhão é originário da então Polícia Marítima do Porto de Santos criada em 1892, que foi transferido para São Paulo em 1973 e, no ano seguinte, para Osasco. A unidade é responsável pelo patrulhamento das regiões Central e Sul de Osasco, o que representa uma área de 43 quilômetros quadrados, com aproximadamente 438 mil habitantes.
Medalha criada pelo Decreto Estadual 35638 de 11 de setembro de 1992.

terça-feira, 13 de março de 2012

Medalha Centenário do Centro Odontológico - 2011

Em 1892 já existia um serviço hospitalar na Força Pública de São Paulo, mas, ainda se carecia de um serviço odontológico.
Após dezenove anos, o projeto assume aspecto real e definitivo em de 19 de dezembro de 1911.
Nessa data há uma reorganização do Serviço Sanitário da Força Pública e então é criado o Departamento odontológico, anexo ao Hospital Militar. A Força Pública compunha-se então de 7431 homens.
À medida em que os anos passavam, novos Oficiais Dentistas se integravam ao quadro, ganhando autonomia administrativa deixando de ser um departamento do Hospital Militar.
Um enorme passo é dado em 1968, quando o Serviço Odontológico sai de suas acanhadas instalações, ao lado do antigo Hospital Militar, para a sua nova e atual sede, à Rua Jorge Miranda.
Nos dias de hoje os cem mil componentes da PMESP tem atendimento odontológico garantido, seja em razão de lesão nas suas funções, seja como necessidade de manutenção de sua saúde física.
A medalha ostenta o símbolo da odontologia no seu anverso.
Medalha criada pelo Decreto Estadual nº 57324 de 12 de setembro de 2011.

Medalha Centenário do Centro Médico - 1992

 
Os profissionais do Centro Médico da Polícia Militar paulista cuidam da saúde dos 100 mil Policiais Militares da ativa e dos mais de 45 mil da reserva além de receber em média um PM por dia ferido em serviço no confronto com criminosos.
O hospital da PM foi fundado em 21 de setembro de 1892 pelo então presidente do estado de São Paulo, Bernardino de Campos.
De início, quatro médicos ali trabalhavam, no bairro do Bom Retiro.
Só em 30 de abril de 1916 o governo inaugurou a primeira sede do hospital, na Avenida Tiradentes.
Quarenta e oito anos depois, em 1964, começou a construção do edifício de doze pavimentos que até hoje abriga o Hospital da Polícia Militar.
O prédio, com 430 leitos, fica na Invernada do Barro Branco.– área com mais de 1,2 milhão de metros quadrados, onde se localizam dez Unidades Policiais Militares, como a Academia do Barro Branco e o Presídio Romão Gomes.
  Próximo ao hospital estão o Centro de Assistência ao Veterano, uma casa para a terceira idade da PMESP, uma clínica para atendimentos psiquiátricos e o Centro de Reabilitação, com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e outros profissionais.
A área médica da PM paulista é coordenada pela Diretoria de Saúde, responsável por 56 postos espalhados pelo estado (vinte na cidade) e duas policlínicas na capital.
Como usuário dos serviços do Centro Médico posso atestar a competência e abnegação desses profissionais. 
Ao trabalhar nas ruas sabemos que seremos bem atendidos por eles caso o pior aconteça.
Medalha criada pelo Decreto Estadual nº 35556 de 28 de setembro de1992.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Medalha Mérito da Defesa Civil - 1987



Nenhum governo tem capacidade para solucionar, sozinho, todos os problemas que possam afetar a comunidade, principalmente em se tratando de eventos desastrosos, como enchentes e grandes deslizamentos de terra, só para mencionar alguns.
Para essas situações se criou a Defesa Civil.
O trabalho da Defesa Civil é coordenar as forças da comunidade, somando esforços em busca de um objetivo comum. É uma atividade permanente e não um trabalho que se efetiva apenas nas ações emergenciais.
Não é, contudo, de um órgão isolado nem temporário. Trata-se de um conjunto de medidas permanentes destinadas a evitar ou minimizar as consequências de eventos desastrosos, previsíveis ou imprevisíveis, além de socorrer e assistir as populações das áreas atingidas restabelecendo o bem- estar social.
Essa medalha foi criada visando estimular e reconhecer a participação comunitária, mantendo viva a motivação para a autodefesa.
Medalha criada pelo Decreto Estadual 26856 de 06 de março de1987.

domingo, 11 de março de 2012

Medalha Sesquicentenário da Polícia Militar - 1981 - modelo errado!


        Recebi do senhor Egydio João Tisiani uma mensagem me alertando para um erro gravíssimo nesse exemplar da medalha do sesquicentenário da PMESP: o anverso e o reverso estão invertidos!
      O correto é que o desenho com a estrela e o número “150” estejam no reverso e o símbolo da PMESP esteja no anverso.
Uma suposição minha para o erro: o fabricante estava tão acostumado a fazer medalhas com o brasão da PMESP no reverso que o fez nessa medalha também, sem levar em consideração o que diz o Decreto da medalha.
Observe o leitor que não se trata de mera inversão na fita. O florão abaixo da sustentação da medalha corrobora a tese de fabricação invertida.
        Obtive um exemplar correto, que pretendo disponibilizar em novo tópico.
Agradeço ao senhor Egídio pelo senso de observação e pelo alerta!

sábado, 10 de março de 2012

Medalha Cinquentenário da Polícia Ambiental... errada!


Mais uma vez, observamos o desprezo pela leitura da norma de criação de uma medalha na hora de sua materialização.
Ninguém leu, ou, se leu, interpretou a norma e fez bobagem.
O decreto diz que a medalha do policiamento ambiental é dourada... e só!
Não há esmaltes nela. Em outra palavras a venera é só dourada.
Outro erro crasso é quanto às medidas e construção da fita.
Primeiramente, a fita foi, de fato “construída”, pois, é uma série de tecidos costurados uns sobre os outros.
Outro erro é que as cores deveriam ser todas da mesma largura, o que pelo método “Frankenstein” de costura de tecidos, tornou suas dimensões erradas.

Medalha Centenário do Regimento 9 de Julho - 1992

Qualquer um vê um desfile do Regimento sente a força da tradição dos quase 120 anos daquela Unidade.
Um lanceiro a cavalo com seu traje tradicional nos remete a eras românticas onde os couraceiros e os lanceiros envergavam suas armas conduzindo belíssimos cavalos, desafiando o perigo em manobras incríveis.
Essa mística foi disseminada na cultura popular através dos séculos pelas novelas medievais de cavalaria, onde os corajosos nobres se despojavam de sua riqueza para perseguir valores superiores.
Em 1831, foi fixado um efetivo de 130 homens para o que hoje é a Polícia Militar do Estado de São Paulo. O efetivo de 30 homens foi reservado à Cavalaria. A Unidade, contudo, só seria criada em 1892.
O Regimento 9 de Julho foi assim batizado pela importante participação de sua tropa na Revolução Constitucionalista de 32.
A Unidade está em permanente aperfeiçoamento, aproveitando um antigo meio de transporte e sua mística popular, associando às modernas técnicas policiais com resultados inovadores e eficazes.
Motivo de orgulho também é trabalhar no "Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Equoterapia" do Regimento, trabalho voltado a pessoas portadoras de deficiência ou necessidades especiais.
             Abaixo uma vista da frente da Unidade:
Medalha criada pelo Decreto Estadual n° 35.583 de 31 de agosto de 1992.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Medalha Centenário do Corpo de Bombeiros - 1980

      

Em meados do século XIX, quando a Capital da Província começava a se desenvolver, as construções começaram aumentar seu valor e era necessário proteger esse patrimônio do fogo. Até então, caso de incêndio, mulheres, homens e crianças ficavam em fila, e, do poço mais próximo iam os baldes passando de mão em mão, até chegarem ao prédio em chamas. Em 1851 foram aprovadas as primeiras medidas municipais relativas aos casos de fogo, em consequência de um incêndio havido em dezembro de 1850, com a aquisição de duas bombas que não foram utilizadas até 1862, pois nesses 12 anos, não ocorreu um único incêndio. Em 1870, novo incêndio, nova "turma de bombeiros", e, mais sete anos sem ocorrências.
A 10 de março de 1880, começaram oficialmente os trabalhos de extinção de incêndio na Capital do Estado de São Paulo, com a criação da Seção de Bombeiros composta de 20 homens.
O tempo foi passando e as construções foram se tornando cada vez mais complexas e maiores, exigindo dos bombeiros cada vez mais tecnologia.
 Em 1891, a Companhia Telefônica montou 50 aparelhos para agilizar o aviso de incêndio. No local da ocorrência era utilizada a corneta e nas ruas era usado o sistema alemão que só seria desativado por volta de 1920. São também criadas as oficinas de conserto e manutenção dos materiais que o Corpo já dispunha.
Em 1980, aos cem anos, o Corpo de bombeiros cunhava esta medalha.
Medalha criada pelo Decreto Estadual 14730 de 12 de fevereiro de 1980.


Medalha pra quê?

Desde que nos entendemos por gente, aprendemos que as pessoas costumam ser recompensadas pelo seu trabalho.
Aprendemos também que essa recompensa é normalmente feita em dinheiro. Numismática é o ramo do conhecimento humano que estuda as cédulas e moedas, mas, também estuda as medalhas.
Isso porque medalhas são moedas. Não são, contudo, moedas de troca. Não se compra nada com uma medalha.
A medalha tem um termo adicional em sua definição: são chamadas MOEDAS DE HONRA.
E honra não se negocia. Ou se tem ou não se tem.
Governos e organizações, quando dão uma medalha, estão recompensando alguém, certificando seu reconhecimento.
Essa forma de reconhecimento se traduz no prestígio que a pessoa adquire ao ser reconhecido pela organização que lhe outorgou aquela láurea.
Nos tempos em que vivemos, quando valor se confunde com preço, muita gente não entende porque alguém pode se esforçar tanto, até mesmo se arriscar, por uma medalha.
Para entender isso é preciso que se entenda também que, quem abraça a carreira Policial Militar; o jovem que inicia um curso de formação numa escola da Polícia Militar de São Paulo se submete a sacrifícios, mas, dali emerge um novo homem.
É preciso uma pessoa especial para defender a dignidade de gente que ele nunca viu e, provavelmente, nunca voltará e ver. É preciso alguém com força moral acima da média.
Que o leitor não se engane. O assunto aqui não é apenas a mostra de objetos bonitos; é da MOEDA DE HONRA que trata o presente blog.