A “faca na caveira”, conhecida nacionalmente por um filme policial brasileiro, é mais antiga do que se pensa, como veremos a seguir.
O Comando de Operações Especiais:
Ainda que a PMESP seja prioritariamente uma Instituição voltada para a polícia Comunitária, há uma parcela da tropa voltada para ações especiais que diferem desse tipo de serviço.
O Comando de Operações Especiais (COE), é uma dessas tropas e, para servir ali se exige um preparo diferenciado.
Em 1970, aconteceram no Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, ações típicas de guerrilha, visando a implantação do regime comunista no Brasil.
Nestas ações a Polícia Militar do Estado de São Paulo, perdeu tragicamente o Aspirante a Oficial PM ALBERTO MENDES JÚNIOR em 13 de março de 1970.
Nesta época foram convocados todos os Policiais Militares que possuíam o curso de paraquedismo ou ex integrantes das fileiras da então Brigada Aeroterrestre do Exército Brasileiro, apresentando-se 103 voluntários e após inúmeros testes psicotécnicos e de aptidão física, foram aprovados apenas 33 (trinta e três) voluntários surgindo então o Pelotão de Operações Especiais (POE).
No dia 11 de Janeiro de 1971, todo o efetivo foi transferido na condição de adido para o 1º BPChq - TOBIAS DE AGUIAR”, onde permaneceu como Pelotão ate o dia 19 de marco de 1971, quando passou a se chamar COE (Companhia de Operações Especiais),
Passou a denominar-se “COMANDOS E OPERAÇÕES ESPECIAIS”, após analise do emprego do COE na Operação de Anti-Sequestro do Avião Electra II, da VARIG em 1972, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, sendo considerada uma ação de “COMANDOS”.
O COE é hoje a 1ª Companhia do 4º Batalhão de Policiamento de Choque.
Acima o distintivo do curso para uso na farda de serviço que é camuflada.
Sobre o Curso de Operações Especiais:
Com duração de 06 semanas, o Curso de Operações Especiais (COEsp-SP) desenvolvido pelo COE (Comandos e Operações Especiais) tem por objetivo preparar o homem para as atividades de Comandos e Operações Especiais, quer em ambiente urbano ou de matas, englobando atuações por terra, água ou ar, além do desenvolvimento junto ao aluno, dos atributos de resistência á fadiga física e psicológica, autocontrole, liderança no comando de grupo e frações em operações, assim como da capacidade de planejamento após esforços físicos prolongados, onde os alunos são treinados para não depender exclusivamente - e em quase nada- da tecnologia para o combate.
O curso se desenvolve de maneira ininterrupta com instruções diuturnas durante os sete dias da semana.
Vale destacar que a media de concludentes do Curso é de cerca de 40% dos que iniciam, sendo que a maioria maciça dos outros 60% desiste de maneira voluntária. O primeiro do Curso de Operações Esp eciais foi levado a efeito em 1971.
Acima uma imagem do
sequestro do avião Electra II em 1972.
A ação na ocorrência deu o
nome COMANDOS ao atual COE.