domingo, 19 de junho de 2016

Distintivo do Curso de Batedor


O distintivo acima se refere a um curso para um serviço especializado da PMESP: o pelotão de escolta.

Ele foi criado em 30 de outubro de 1947 através do Boletim Geral nº 243 da então Força Pública, com o nome de P.E.M. Sua finalidade era a escolta e segurança do Governador do Estado.

Com o passar dos anos tais missões foram ampliadas a outras autoridades, nacionais ou estrangeiras, quando em visita oficial ao Estado de São Paulo. Dentre os seus inúmeros serviços destacam-se as escoltas do Papa João Paulo II, Príncipe Charles e Princesa Dianna, Presidentes George Bush, Mikhail Gorbatchev, Fidel Castro, Bill Clinton e Jacques Chirac bem como o Imperador do Japão. Além disso, os Presidentes do Brasil e os Governadores de São Paulo nas últimas cinco décadas.

          Juntam-se atividades em desfiles cívico-militares, festejos e eventos motociclísticos, demonstrações e eventos internacionais como a corrida de São Silvestre.

  A atividade conta hoje com vinte motocicletas Harley Davidson “Road King Police” de ano 1998 e uma caminhonete para apoio.

 Em publicação inserta no Boletim Geral 061 de 31Mar99 suas atividades foram transferidas para a 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia de Choque, a qual, em razão de tal fato, passou a exerce as atividades de ROCAM e ESCOLTA estando seus integrantes em plenas condições de atender as demandas existentes de policiamento preventivo.
 
Todos os anos há cursos de Batedores visando um maior aprimoramento nas técnicas de escoltas. Este distintivo é para quem o conclui com aproveitamento.

        Abaixo, uma bela foto das motocicletas:

 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Medalha Cinquentenário do 17º BPM/I - 2013


São José do Rio Preto e região pode se orgulhar de ter uma das melhores Unidades da Polícia Militar em sua área.
Em meados de 1944, por força do Decreto nº 14.162, foi criada a Segunda Companhia Independente, inicialmente sediada na Capital, sendo transferida, três anos depois, para a cidade de São José do Rio Preto.
Provisoriamente, a Companhia se instalou, em 19 de dezembro de 1947, na Rua Rubião Júnior, nº 534, ali permanecendo até meados de outubro de 1964, quando foi reinstalada na Avenida dos Estudantes, Bairro Boa Vista.
Em 25 de setembro de 1964, com a  Lei nº 8.311 foi criado o 17º Batalhão de Polícia, com sede na cidade de São José do Rio Preto, sendo fixado o efetivo de 1.016 homens, distribuídos em três Companhias.
         Com relação à peça em si, vejo alguns problemas que comprometem sua plasticidade. A fita, foi feita com um tecido azul pintado em silk screen o que faz perder sua qualidade. A venera tem uma série de imperfeições talvez por ter sido feita com material de baixa qualidade (metal barato fundido em borracha). Uma empresa de fabricação de brindes não tem o know how para desenvolver uma condecoração.
         Medalha criada pelo Decreto Nº 60.773, de 03 de setembro de 2014.
 
 

terça-feira, 19 de abril de 2016

O uso de ordens honoríficas com medalhas nos uniformes da PMESP


Ordens honoríficas são condecorações de um nível maior se comparadas com as medalhas normalmente criadas nos diversos segmentos da sociedade, inclusive na PMESP.
Para entender o que é Ordem honorífica no Brasil republicano, é preciso retroceder bem no tempo.
O termo Ordem remonta ao início do cristianismo, quando as pessoas deixavam suas casas e se uniam, formando agrupamentos sob o mesmo ordenamento. Iniciavam-se as Ordens Religiosas.
Na Idade Média formaram-se as ordens militares de cavalaria que participaram das cruzadas. Cada Ordem tinha sua insígnia que distinguia um grupo de outro.
Com o passar do tempo, reis também criaram suas ordens a fim de unir os súditos à realeza por laços de fidelidade à determinada dinastia. Essas Ordens também tinham suas insígnias em forma de medalhas em diversos graus.
No Brasil, com o final do Império, a maioria das Ordens foi extinta e outras tantas criadas.
Hoje, aos olhos republicanos, uma Ordem deixou de remeter a alguma organização religiosa, civil ou nobiliárquica, tornando-se apenas sinônimo de prêmio atribuído em reconhecimento a serviços relevantes prestados à nação ou a algum estado.
Seus graus variam, sendo os mais comuns:
Cavaleiro  (medalha);
Oficial (medalha);
Comendador (colar);
Grande Oficial (banda) e
Grã Cruz (banda e placa)

Tanto as medalhas como as ordens honoríficas são de uso obrigatório no uniforme de gala e no B-1, com gravata horizontal e vertical e nos especiais e B-2, somente em paradas e desfiles militares comemorativos das grandes datas nacionais ou, mediante ordem, em atos e solenidades específicas.
Seu uso é proibido nos demais uniformes e circunstâncias.

Disposição e número de condecorações nos uniformes:

Banda: poderá ser usada somente uma, colocada a tiracolo do ombro direito para o quadril esquerdo, passando por sob a platina e por sob o cinto, quando houver. O ajuste da faixa deve ser feito de maneira que o laço fique 30 mm abaixo da cintura. O uso da placa respectiva é obrigatório e na comenda ou colar: o uso variará de acordo com o uniforme.
 
Nos uniformes com sobrecasaca e jaqueta aberta serão usadas no máximo três quando isoladas, e somente uma, quando usada em conjunto com medalhas. As comendas ou colares serão dispostos ao longo da linha de botões, a primeira junto à gola e as demais saindo do 1º e 2º botões. As fitas deverão ficar encobertas e as comendas poderão ficar parcialmente superpostas.
Nos uniformes com túnicas, será usada no máximo uma, por cima da gravata, ficando a fita por baixo do colarinho da camisa.
 
A placa, quando fizer parte de bandas ou comendas, somente se fará em conjunto com as mesmas. Caso contrário, em consonância com a regulamentação própria da condecoração, seu uso será limitado a quatro do lado esquerdo e duas do lado direito.
Nas túnicas as Placas são usadas, no má­ximo, quatro no lado es­querdo e duas no lado direito.
No lado esquerdo, sendo uma só, é colocada logo abaixo do bol­so. Se duas, a segunda um centímetro abaixo da primeira. Se três, arrumadas em forma de triângulo e, quando em número de quatro, dispostas em forma de cruz, nestes casos guarda-se a distância, entre placas, de um centímetro.
No lado direito, sendo uma só, é colocada logo abaixo do bol­so. Se duas, a segunda um centímetro abaixo da primeira.
 
Sequência de imagens de uso de medalha, colar e placas de acordo com sua quantidade na sobrecasaca (conhecido como azulão):
 



                      



terça-feira, 1 de março de 2016

Precedência de Medalhas nos Uniformes da PMESP

 

Em todas as Corporações as medalhas devem obedecer a uma ordem de precedência na sua distribuição no uniforme de acordo com sua importância. Mas, como saber qual medalha tem precedência sobre a outra?

A disposição de medalhas nos uniformes da PMESP obedece às seguintes regras de precedência:

I - condecorações nacionais (estaduais ou federais) de:

   a) bravura, atos pessoais de abnegação e destemor, com risco de vida, em tempo de paz, ou no cumprimento do dever (Cruz do Mérito Policial);

   b) ferimento em ação (Cruz de Sangue);

   c) campanha, missões e operações de guerra ou policiais militares;

II ordens honoríficas;

III – condecorações da PMESP:

   a) Medalha Brigadeiro Tobias;

   b) medalha de mérito escolar (Pedro Dias de Campos);

   c) medalha de tempo de serviço (Valor Militar);

   d) medalha de mérito por serviço policial militar;

   e) medalha comemorativa de OPM, eventos locais ou sobre personalidades;

   f) medalhas de organizações correlatas à PMESP;

IV - outras condecorações de nível estadual;

V - outras condecorações de nível municipal;

VI - condecorações estrangeiras.
 
Em solenidades sujeitas a cerimonial de outros países, as regras acima alternam-se cabendo o destaque principal às condecorações do país promotor da solenidade.

É proibido o uso exclusivo de condecorações estrangeiras.

As condecorações militares de mesma natureza terão a seguinte precedência:

I. das Forças Armadas: de acordo com a precedência;

II. da Polícia Militar do Estado de São Paulo: por ordem de criação; e

III. de outras organizações: por ordem de recebimento

As condecorações militares ou policial-militares, quando outorgadas como prêmio à bravura pessoal ou coletiva em missões de guerra ou policiais militares, precederão a todas as demais.

Nas solenidades do Dia do Soldado, o uso de condecorações nacionais será exclusivo.

Nas solenidades da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e de outras Forças Auxiliares, o policial militar deverá ostentar com destaque, se as possuir, condecorações da Corporação anfitriã.

Mesmo dentro dos limites numéricos aqui estabelecidos, não é obrigatória a ostentação pelo policial militar, de todas as condecorações que possua, cabendo-lhe opção pelas de sua preferência, respeitadas as regras acima.




Abaixo a disposição das barretas quando o conjunto não é completo:
 
 



sábado, 6 de fevereiro de 2016

Distintivo do Curso de Equitação da FPSP - Anos 1940.



Esse distintivo é o avô do curso de policiamento montado sobre o qual postei este artigo..
Observe que o curso se chamava "curso de equitação" e não "curso de policiamento montado".
É dos anos 1940, não sei até quando foi usado, mas, o regulamento de uniformes da Força Pública de 1962 ainda tinha publicado o distintivo que tinha a seguinte descrição: "de metal amarelo moldado. Armado sobre uma ferradura de 0,014m de largura por 0,013 de altura contendo 3 (três) cravos no ramo esquerdo e 4 (quatro) no direito, tendo no centro uma cabeça de cavalo. Envolvendo a ferradura até a altura de 0,010m, terá um ramo de café em cada lado com 0,0025m de largura iniciado de um e outro lado da cruzeta de um sabre, na base e no centro da ferradura, do qual aparece somente o punho e a cruzeta; na parte superior da ferradura terá um elmo de fidalgo cuja ombreira encobrirá a pinça da ferradura. De cada lado e do terço superior dessa ferradura, em sentido horizontal, se desenvolve uma ponteira de lança com 0,010m de comprimento. Tudo será em relevo de cerca de 0,003m de espessura. Para dar forma e bem representar a solidez e harmonia do que no distintivo está representado, de um e outro lado terá um ramo de carvalho, estilizado, desenvolvido do centro para as extremidades, terminando em ponta recurvada com um comprimento de 0,026m a contar do ramo de café. O comprimento total do distintivo será de 0,071m e sua largura será de 0,035m da ponta do elmo à do punho do sabre. Será usado obrigatoriamente pelos Oficiais possuidores do curso do Departamento de Equitação da F.P.S.P. ou pelos que fizeram curso equestre no país ou no estrangeiro, desde que as respectivas escolas ou cursos não tenham instituídos distintivos próprios. Será colocado de maneira idêntica ao de Educação Física."

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Distintivo de Unidade da FPSP - anos 1948-1962



Quem acha que os distintivos de Unidades que se usam nos ombros dos Policiais Militares paulistas só começaram a ser usados recentemente, está equivocado. Nos anos 1940 até o início dos 50 já havia distintivos com essa finalidade, como o visto acima. Eles eram feitos em metal ou tecido.
O desenho foi claramente retirado do quadro de Benedito Calixto de 1903 que mostra o bandeirante Domingos Jorge Velho:



Os ramos são de café e as letras QG significam “Quartel General”.
Abaixo vemos uma fotografia retirada do belíssimo livro do Coronel Ricardo Andrioli intitulado “Regimento de Polícia Montada 9 de Julho” onde vemos um miliciano daquela OPM usando esse distintivo em tecido:


          A foto é do Cabo Plínio Anganuzzi, do início da década de 50.
A figura no distintivo influenciou o projeto de criação do Brasão de Armas da então Força Pública. O Museu de Polícia Militar tem uma bela coleção desses distintivos:





Existiram dois cunhos, por assim dizer, para esse distintivo.

Os dois eram muito bons, mas, com diferenças sutis no desenho e na forma de fixação na farda.
A borda verde era para praças e a azul para Oficiais: