quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Colar Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos - 2002

Já comentei sobre o 23 de maio de 1932, um dia épico que desencadeou um processo que culminaria com a eclosão da Revolução Constitucionalista.
Naquele dia, numa manifestação contra a ditadura Vargas, quatro estudantes foram mortos pela Legião Revolucionária, braço armado do ditador em São Paulo.
O Instituto Histórico e Geográfico e Genealógico de Sorocaba clamava pela correção do que considerava uma lacuna histórica, uma vez que, depois de Martins, Miragaia, Drausio e Camargo, mortos no fatídico dia, Orlando de Oliveira Alvarenga, um quinto mártir também alvejado naquela ocasião, morreu um dia depois e acabou esquecido.
O "Colar Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos" foi criado pelo Governador Geraldo Alckmim nos 70 anos da Revolução com o objetivo de lembrar esse quinto herói.
No anverso se pode ver, ao invés do tradicional MMDC, as letras MMDCA.
Medalha criada pelo Decreto Estadual n° 46718 de 25 de abril de 2002.
Agradeço ao Professor Adilson Cezar, presidente do IHGGS por permitir a tomada de imagens da medalha na sede do Instituto.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Distintivo de Instrutor de Tiro Defensivo - Método Giraldi



Para trabalhar com um instrumento de trabalho letal, a arma de fogo, o Policial Militar tem que ter uma técnica muito apurada.
O Método Giraldi, da Polícia Militar de São Paulo, é considerado um dos melhores do mundo, pois visa a preservação da vida, durante a atividade policial, tanto deles próprios quanto das vítimas, dos transeuntes, como dos infratores.
O método avançado de preservação da vida já é utilizado no Brasil e no mundo. Ele segue a metodologia do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, contando ainda com o apoio deste, e está dentro das Leis brasileiras. Com base nos princípios de direitos humanos das Nações Unidas, a técnica tem como objetivo prender criminosos evitando ao máximo a ocorrência de mortes, seja de quem for.
Implementa-se, assim, padrões de modernidade, segurança e eficiência, sem retirar as características de comprometimento com a missão e combatividade do policial, mas alinhando-as com o que há de mais moderno e seguro em técnicas e respeito aos Direitos Humanos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Medalha Centenário do 8º BPM/I - 2001


A Cidade de Campinas, a “terra da Andorinhas” como é carinhosamente chamada, teve seu primeiro Batalhão da Força Pública criado em 8 de agosto de 1901.
O Batalhão foi uma das quatro OPM criadas para o policiamento do interior.
Falei sobre outra delas aqui.
Até recentemente, o Batalhão era responsável pelo policiamento de toda a cidade de Campinas e região, até ser dividido, porém, hoje ainda cuida de parte significativa dela.
Medalha criada pelo Decreto Estadual nº 45985 de 14 de agosto de 2001.

O exemplar a que tive acesso é bom, com exceção da fita, mais uma vez pintada ao invés de ter suas cores na trama do tecido.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Distintivo do Curso de Policiamento Ambiental

Em 14 de dezembro de 1949 foi iniciado o policiamento ambiental no Estado de São Paulo pela então Força Pública.
O distintivo acima é referente ao curso de especialização nessa modalidade de policiamento.
O serviço teve início como “Policiamento Florestal e de Mananciais” e foi modificado para “Policiamento Ambiental” o que não se tratou de mera mudança de nome, mas, uma mudança no próprio serviço que ampliou seu leque de atuação.
Também existe uma medalha do Policiamento Ambiental que pode ser vista aqui.

domingo, 9 de setembro de 2012

A Láurea do Mérito Pessoal - 1974 até hoje

      
 PREMIANDO A QUALIDADE INDIVIDUAL
Antes de falar da peça em si, gostaria de tecer algumas considerações a respeito do espírito do prêmio.
Numa equipe, sempre há aqueles que se destacam pela forma de desenvolver seu trabalho.
O observador atento nota que alguns Policiais Militares usam sobre o bolso esquerdo da camisa da farda, um medalhão sobre um suporte de couro colorido.
Antigamente conhecida como PMZITO, a Láurea do Mérito Pessoal é o reconhecimento da Instituição em função da qualidade da prestação do serviço do Policial Militar.
Uma vez que há diferenças mesmo entre aqueles que se destacam, foram dados graus às condecorações, iniciando-se pela concessão da láurea de 5º grau até o 1º grau, sua maior graduação, esta concedida pelo Comandante Geral da PMESP.
Quando do processo de concessão, o conjunto da obra do policial militar é avaliado, não somente um fato pontual que tenha gerado a indicação.
Mesmo não considerada propriamente uma medalha, a LMP é tão almejada quanto aquelas.
A Láurea foi criada através de portaria do Comandante Geral da PMESP publicado em Boletim Geral 197 de 16 de outubro de 1974.
As láureas acima estão dispostas como usadas hoje.
Começando com a mais importante temos:
1º grau: Medalhão dourado esmaltado com fundo de couro branco.
2º grau: Medalhão dourado com fundo de couro vermelho.
3º grau: Medalhão prateado com fundo de couro vermelho.
4º grau: Medalhão prateado com fundo de couro preto.
5º grau: Medalhão bronze com fundo de couro preto.
Atualmente, os campos de couro são sempre quadrados com as arestas arredondadas.
O desenho do medalhão é o escudo que compõe o brasão da Polícia Militar paulista com o mapa do Estado de São Paulo estilizado ao fundo, tudo circundado por uma faixa filetada com os dizeres: POLÍCIA MILITAR acima e SÃO PAULO abaixo.

Acima temos uma láurea antiga.
O ícone no centro era o PMZITO, o mascote da PM paulista nos anos 70:
A láurea antiga, (de 1974 a 1988) é basicamente é o mesmo medalhão só que com outra figura central.
O campo de couro ao fundo também era ligeiramente diferente.
Ele tinha a forma quadrada com os cantos arredondados, mas, havia na parte superior, um alongamento com um corte vertical para a fixação no botão da camisa. Hoje a láurea é colocada com um alfinete por trás da peça.
Se viam ainda alguns modelos de láureas com um suporte de metal na parte superior com a finalidade de fixar a peça pelo botão do bolso da farda, mas, até hoje não encontrei nenhuma publicação oficializando esse detalhe:
Em 1988 foi criada uma nova farda na PMESP.
Era um modelo de transição entre a antiga farda cáqui e a atual cinza bandeirante, que tem uma tonalidade azulada.
Nessa farda os bolsos eram fechados por zíper e não havia como fixar o PMZITO.
Por isso fizeram a alteração no suporte de couro, aproveitando para trocar a imagem central para o escudo do brasão de armas da Corporação.

         Lendas a respeito do PMZITO:
Primeira lenda:
Antigamente, corria uma história bizarra a respeito do antigo PMZITO.
Dizia-se que a figura era originária de um PM chamado Zito que, ao defender uma família do ataque de bandidos teria trocado tiros com sete deles,  (nos primeiros modelos do prêmio era o número de pétalas da flor que a figura tem na mão esquerda) antes de ser morto.
Tudo não passa de estória para contar numa noite chuvosa, sem o menor fundamento.

Segunda lenda:
Algumas pessoas acham que existe uma medalha associada à Láurea do Mérito Pessoal.
Quem acredita nisso argumenta que, depois da Láurea do Mérito Pessoal de 1º Grau, existiria uma medalha supostamente com hierarquia superior a ser outorgada.
Lenda! Em nenhum decreto de medalhas há essa associação, tampouco na portaria do Comandante Geral.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Distintivo do Curso de Gerenciamento de Crises e Negociação de Reféns - Brasil/EUA


Em 2004, um grupo de agentes do Federal Bureau of Investigations dos Estados Unidos da América (o famoso FBI) , através de um convênio entre os governos brasileiro e americano, ministrou uma série de cursos com o tema GERENCIAMENTO DE CRISES E NEGOCIAÇÃO DE REFÉNS.
Esses cursos, ministrados em São Paulo, mas com participação ampla de Polícias e Forças Armadas brasileiras e estrangeiras, tiveram até um distintivo próprio.

domingo, 2 de setembro de 2012

Medalha do Mérito Judiciário Militar Paulista - 2003


O tribunal de Justiça Militar de São Paulo processa e julga os militares paulistas, quando da prática de crimes militares, e as ações judiciais contra atos disciplinares militares.
Desde 1892 havia no Estado de São Paulo a Auditoria da Força Pública, composta de um Auditor e de Conselhos de Justiça. As decisões do órgão eram revistas pelo Presidente do Estado, cargo que corresponde ao atual Governador.
Esse forma perdurou até o ano de 1937 quando o Governo do Estado de São Paulo, através da Lei Estadual nº 2.856, de 8 de janeiro de 1937, criou o Tribunal de Justiça Militar
A Justiça Militar dos Estados, de forma diversa da Justiça Militar da União, não julga civis, mas apenas os militares dos Estados, que são os integrantes das Polícias Militares, observada a competência estabelecida no § 4º do artigo 125 da Constituição Federal, cabendo ao Tribunal de Justiça ou ao Tribunal de Justiça Militar, conforme o caso, decidir sobre a perda do posto e da patente dos Oficiais e da graduação das Praças.
As medalhas foram concebidas pelo Dr. Lauro Ribeiro Escobar, um dos mais conceituados estudiosos de medalhística do Brasil e membro do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito.
A Portaria do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo nº 011/03 - GP de 04 de abril de 2003 criou a Medalha do Mérito Judicário Militar Paulista.

A medalha possui dois graus: comendador (acima) e cavaleiro (abaixo).