terça-feira, 28 de maio de 2013

Colar Sesquicentenário da Revolução Liberal de Sorocaba - 1992

       
 Há passagens na vida de um país que vão se apagando da memória e dos livros de história.

A revolução liberal de 1842 é uma dessas passagens.
Na década de 40 do Século XIX, haviam dois partidos em disputa pelo poder: os liberais (monarquista e centralizador) e os conservadores (com perfil federativo e descentralizador).
Dom Pedro II trouxe o Partido Liberal ao poder, ocupando ministérios e com representação em várias Câmaras.
Precisamente em 1840 foram realizadas eleições cujos resultados foram francamente a favor dos liberais.
Ao final das Eleições do Cacete (nome como aquelas eleições ficaram conhecidas) o Partido Liberal havia conseguido eleger a maioria dos deputados eleitos para a Assembleia dos Deputados.
O Conselho de Ministros, formado na maioria por Conservadores, solicitou a D. Pedro II que anulasse os votos da Eleição sob alegação de fraude.
        Em 1842 O Ministério Liberal foi dissolvido e os Conservadores novamente retornaram ao poder.
O partido político liberal optou por retomar o governo através da luta armada. Eles formariam a Coluna Libertadora que marcharia até ao Rio de Janeiro para derrubar o Governo Conservador o que ficou conhecida como Revolução Liberal de 1842.
Liberais de duas províncias aderiram à revolução: São Paulo e Minas Gerais.
Em São Paulo, a Revolta Liberal iniciou-se na Cidade de Sorocaba. Na província paulista, o movimento foi liderado pelo ex-regente Diogo Antônio Feijó e pelo Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar.
O Governo Imperial decidiu continuar com seu apoio aos conservadores. Para combater os revoltosos liberais foram organizadas tropas lideradas pelo Barão de Caxias.
Tanto os liberais de São Paulo quanto os liberais de Minas Gerais foram derrotados e presos pelos comandados de Caxias.
Os que conseguiram escapar do cerco de Caxias se refugiando no Rio Grande do Sul, onde foram acolhidos pelos Revolucionários Farroupilhas.
Com a subida do Partido Liberal ao poder em 1844, todos os liberais envolvidos na Revolta Liberal de 1842 foram anistiados.
O Comando de Policiamento de Área da Região de Sorocaba (na época, denominado CPA/I-7) resolveu comemorar um fato histórico de relevo em sua região com a condecoração denominada Colar do sesquicentenário da revolução liberal de Sorocaba.
        Colar criado pelo Decreto Estadual n° 35209 de 26 de junho de 1992.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Medalha Expedicionários Paulistas - 2001


         Esta medalha foi criada pelo 2º Batalhão de Polícia de Choque.
A Unidade foi criada em 07/05/1934, através de publicação inserta no Boletim Geral Nº 35 da então Guarda Civil, com o nome de Divisão Reserva. Sua finalidade era atender aos serviços extraordinários, incluindo ações de controle de tumultos e policiamento disciplinar em virtude do efetivo das demais tropas ser empregado nas missões comuns de policiamento.
   Foi também nessa época que começou a surgir uma especialidade: Policiamento em praças desportivas.
   O primeiro policiamento executado em estádios foi realizado no Parque Antártica, em 03/07/1934 com um efetivo de 207 homens.
   A partir de março de 1944 iniciava-se uma das fases mais dramáticas da história da Polícia Militar: a participação na Força Expedicionária Brasileira, constituindo-se no contingente de Pelotão de Polícia da Força Expedicionária Brasileira, perfazendo um total de 78 homens selecionados entre voluntários.
   A Polícia Militar contabiliza entre seus heróis, dez policiais que na Itália foram feridos e dois, Paulo Emídio Pereira e Clovis Rosa da Silva, que naquela terra sacrificaram a própria vida.
   Em 1967, quando as forças da Paz da ONU foram enviadas à Região do canal de Suez, novamente ostentavam entre seus integrantes homens da DR. os quais souberam reafirmar em solo estrangeiro, as tradições e glórias conquistadas pelos seus antecessores.
     Cabe ressaltar que, recentemente, as Forças de Paz da ONU foram agraciadas com o prêmio Nobel da Paz, o qual, desta forma, pertence em parte à Polícia Militar.
   Em 1968 a DR passou a denominar-se Divisão de Policiamento Especializado, mantendo, no entanto, as suas missões anteriores.

Abaixo uma imagem da fachada do 2º Batalhão de Polícia de Choque, na rua Jorge Miranda:
 
   Com a criação da Polícia Militar, em 1970, passou a denominar-se Batalhão de Operações Especiais, o que perdurou até 15 de Dezembro de 1975, quando recebeu a denominação atual de SEGUNDO BATALHÃO DE POLÍCIA DE CHOQUE.

    Abaixo um dos corredores internos do "Batalhão Anchieta", na minha opinião, não só um dos mais bonitos da PMESP, como um dos mais bem cuidados:
 
O 2º Batalhão de Polícia de Choque hoje possui duas Companhias Operacionais cujas principais atribuições são o policiamento interno das arenas de eventos artísticos, religiosos, culturais e desportivos, a execução de ações de controle de distúrbios civis, (sociais, políticos, econômicos, de calamidade pública ou de omissão ou falência de autoridade constituída), e o Policiamento Motorizado. Além de uma Companhia ROCAM (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) que realizam as Escoltas de Dignitários e as Escoltas de Delegações Esportivas e das Torcidas Organizadas nos eventos desportivos do Estado de São Paulo, além do próprio policiamento ostensivo com motocicletas.
          Medalha criada pelo Decreto Estadual n° 46040 de 23 de agosto de 2001.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Distintivo do Curso de Policiamento de Trânsito Rodoviário - Atual


A Polícia Rodoviária Estadual paulista foi criada em 10 de janeiro de 1948 com o nome de Grupo Especial de Polícia Rodoviária, com um efetivo de 60 homens, ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira, comandados pelo 1º Tenente José de Pina Figueiredo, da então Força Pública, inicialmente atuava na recém inaugurada SP-150, Rodovia Anchieta.
O distintivo tem clara inspiração na logo das motocicletas Harley Davidson, primeiro modelo de motocicleta usado pela Polícia Rodoviária do Estado.
Temos abaixo a descrição heráldica da peça:
O distintivo para Oficiais é um escudo misto, tendo na parte superior o estilo suíço e na inferior o francês, com campo esmaltado em goles (vermelho) e bordadura em metal, ao centro tem sobreposto faixa filetada em goles (vermelho), excedendo as dimensões do escudo, em um quarto de cada lado com a inscrição: "POLÍCIAMENTO RODOVIÁRIO", grafada e letras maiúscula; abaixo deste, um pequeno circulo filetado em fundo esmaltado em metal, ladeado por dois segmentos, em metal curvos, cada um de dimensão igual ao diâmetro do circulo; logo abaixo, acompanhado a curvatura dos segmentos a inscrição: "SÃO PAULO". Grafada em letras maiúsculas Sobre o centro superior do escudo, assenta-se o Símbolo de Polícia Militar. O escudo sobrepõe-se centralmente a um par de asas estilizadas de três penas. As asas, bordaduras do escudo, frisos e inscrições serão em metal dourado.
As medidas são de 79 mm de largura por 35 mm de altura.
O distintivo para praças é o mesmo exceto o metal que é prateado.
        Comentei a respeito da medalha do Cinquentenário do Policiamento Rodoviário paulista em uma postagem antiga (clique aqui)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Distintivo do Curso de Técnicas Não Letais de Intervenção Policial - Primeiro Modelo


O Distintivo do Curso sobre o qual comento nesta postagem se refere ao primeiro Curso de Técnicas Não Letais de Intervenção Policial, realizado no início dos anos 2000, por policiais de diversos países e levado a efeito na PMESP.

A descrição heráldica do distintivo é a seguinte:
Constitui-se de um campo circular com fundo preto onde se encontram, em metal dourado, as inscrições na parte superior “INTERVENÇÃO POLICIAL” e na parte inferior ”SÃO PAULO”, com 02 (duas) garruchas cruzadas simbolizando a atividade policial. Ao centro 03 (três) setas circulares de integração, nas cores vermelho, verde e azul ao redor do globo estilizado, simbolizando assim o perfeito entrosamento entre os Direitos Humanos, Táticas Policiais e Treinamento com Armas de Fogo, dentro dos padrões internacionais conveniados para as atividades policiais. Todo esse conjunto sobreposto centralmente a um par de asas estilizadas, 04 (quatro) penas em metal dourado.
Medidas: 70 mm de largura e 35 mm de altura.
Como esses primeiros cursos se destinavam a Oficiais que seriam os multiplicadores, só havia o distintivo em metal dourado.
Com base neste curso, foi criado um outro, feito pela própria PM paulista que se chama hoje “Técnicas Básicas de Utilização de Equipamentos Não Letais e Defesa Pessoal”, que possui um distintivo diferente a ser abordado em outra postagem.