domingo, 24 de março de 2013

Medalha da Legalidade - Força Pública - 1924

 
Se hoje achamos que as grandes cidades brasileiras são violentas, ao estudarmos a história vemos que já passamos por momentos absolutamente terríveis.
Na manhã de cinco de julho de 1924 tem início uma revolta liderada pelo General do Exército Isidoro Dias Lopes visando mudanças na república.
No confronto, a cidade de São Paulo foi bombardeada por revoltosos e legalistas, matando e ferindo a população da região central da cidade, provocando pânico e o êxodo de pessoas. A cidade foi abandonada, consumando a tragédia.
Parte do Exército e da Força Pública se rebelaram, mas, ninguém sabia ao certo de que lado essa ou aquela Unidade estava, aumentando ainda mais a confusão.
Na tentativa de se evitar mais mortes, o General Isidoro Dias Lopes, determinou que os revoltosos saíssem da cidade, movimento que, mais tarde, se transformaria na famosa Divisão Revolucionária, comandada por Miguel Costa e que teve por chefe do Estado Maior, o Capitão do Exército Luiz Carlos Prestes.
A Revolta de 1924 deu origem a motins também em outros estados, como o Rio Grande do Sul e o Amazonas, todos exigindo a renúncia do presidente Artur Bernardes.
São Paulo ainda tem cicatrizes desse confronto, como se pode ver na imagem abaixo da chaminé da usina de energia elétrica, ao lado do quartel da Luz:
 

Os buracos são de bala de canhão e marcam a memória terrível daqueles eventos.
Passada toda a confusão, a ordem foi, aos poucos, se restabelecendo na cidade enquanto os revoltosos partiam para o interior do Estado.
Naquele mesmo ano em sete de setembro de 24 era criada a MEDALHA DA LEGALIDADE para condecorar os componentes da Força Pública que atuaram contra os revoltosos:
 
Essa medalha era destinada àqueles que participaram do lado legalista do confronto de cinco de julho daquele ano.
Era concedida em três graus:

Oficiais – Ouro
Graduados – Prata
Demais Praças – Bronze

Tinha forma circular, no anverso, havia a efígie do Regente Diogo Antonio Feijó e, acima, em semicírculo, os dizeres: “ESTADOS UNIDOS DO BRAZIL”.
No reverso, escrito acima em semicírculo, os dizeres: “ESTADO DE SÃO PAULO”.
Na parte inferior dois ramos de louro e, no centro, os dizeres: “PELA LEI. DECRETO 3726-A”.
A medalha pendia de uma fita com quinze listras em verde e amarelo.
 
Pouquíssimos exemplares ainda restam hoje, mas, não é por acaso nem descuido de seus antigos donos, como veremos a seguir.
O tempo foi passando, e os mesmos atores dos eventos anteriores estariam presentes em um novo episódio: a revolução de 1930.
Naquele ano, Getúlio Vargas assumiu o poder no Rio de Janeiro.
Miguel Costa, revoltoso de 24, já promovido a General, assumiu o Comando Geral da Força Pública e, em novembro de 1930, caçou a medalha,  determinando em boletim geral:
 
 
A saga dessa medalha não para aí.
Passada a ditadura Vargas, o famigerado “Estado Novo”, a medalha volta a poder ser usada e é devolvida, ao menos no papel, aos seus antigos donos:
 
Por conta desse vaivém, muitas medalhas acabaram desaparecendo e, atualmente, a “Medalha da Legalidade” é uma condecoração bastante valorizada e procurada entre os colecionadores brasileiros e, quando encontrada à venda, é logo adquirida.
          Essa foi a terceira medalha criada especificamente para condecorar milicianos paulistas.


Conheço só uma medalha de ouro sobrevivente, atualmente preservada junto à família do General Julio Marcondes Salgado.
Sei de apenas mais uma medalha de prata e três em bronze, todas com colecionadores.



 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Distintivo do Curso Superior de Tecnólogo de Polícia Ostensiva e Ordem Pública Nível I

 
O Curso Superior de Tecnólogo em Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública I é destinado aos Cabos PM que almejam a promoção a 3º Sargento PM, dura nove meses e é de terceiro grau reconhecido pela Secretaria da Educação e pelo MEC.
         O curso é ministrado pela Escola Superior de Sargentos, forja que forma e aperfeiçoa os Sargentos da PMESP.
Esse distintivo se refere ao antigo Curso de Formação de Sargentos.
         Durante o curso, o Aluno Sargento usa uma insígnia própria, mostrada abaixo:

 
Para ser promovido a 1º Sargento e Subtenente, o Graduado deve frequentar novo curso, o qual abordei em outro tópico (clique aqui).
        Abaixo uma bela imagem da formatura do curso no dia 08 de agosto de 2013:

 




quinta-feira, 7 de março de 2013

Medalha Cinquentenário da Corregedoria da PMESP - 2000

 

Em 1950, pelo Boletim Geral nº 182 de 16 de agosto, foi criada a DPM - DELEGACIA DE POLÍCIA MILITAR, subordinada diretamente ao Comando Geral.

Em 1957, a antiga sigla de DPM passou a significar Departamento de Polícia Militar (D P M), com o efetivo de uma Companhia, e com as mesmas atribuições de sua fundação.

Em 23 de março de 1990, foram cristalizadas as atribuições e competência de Corregedoria da Polícia Militar cuja finalidade é assegurar a disciplina e a apuração das infrações penais na Corporação, fornecendo amplos poderes ao Corregedor para a consecução do objetivo maior de oferecer à população um serviço de segurança de excelente qualidade.
Abaixo uma imagem da fachada da CorregPM gentilmente cedida pelo PM Marusso:

Ainda são mantidas as investigações para a apuração de casos em que o policial militar é vítima, tanto visando instruir os feitos da justiça como da Corporação como em apoio à família daquele que tomba em serviço ou em decorrência dele.
        Medalha criada pelo Decreto Estadual n° 45082, de 28 de julho de 2000.
        Meu amigo o Tenente Matheus, me lembrou a respeito da inscrição no anverso da medalha em latim: "DATUM PERFICIEMUS MUNUS" traduzindo temos: "MISSÃO DADA MISSÃO CUMPRIDA".
        Há alguns meses fiz um artigo sobre outra medalha a cargo da CorregPM que pode ser visto aqui.

 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Distintivos dos Cursos de Gerenciamento de Crises e Negociação de Reféns- PMESP


Os Policiais Militares são preparados para lidar com pessoas em diversas situações de dificuldade desde uma mera briga de vizinhos até situações extremas como ocorrência envolvendo reféns.

Nessa última situação os policiais são treinados para fazer o isolamento do local, conter o problema num único ponto e fazer a primeira negociação a fim de libertar a vítima ameaçada. Trata-se do curso de gerenciamento de crises cujo distintivo está acima.

Paralelamente ao gerenciamento da cena de crise, é necessário um negociador, que vai contatar diretamente o agressor que ameaça sua vítima.

Na PMESP é feito o Curso de Negociação de Reféns, cujo distintivo é mostrado abaixo:



Comentei a respeito de um outro distintivo de gerenciamento de crises e negociação de reféns neste tópico.