PREMIANDO A QUALIDADE INDIVIDUAL
Antes de falar da peça em si, gostaria de tecer algumas considerações a respeito do espírito do prêmio.
Numa equipe, sempre há aqueles que se destacam pela forma de desenvolver seu trabalho.
O observador atento nota que alguns Policiais Militares usam sobre o bolso esquerdo da camisa da farda, um medalhão sobre um suporte de couro colorido.
Antigamente conhecida como PMZITO, a Láurea do Mérito Pessoal é o reconhecimento da Instituição em função da qualidade da prestação do serviço do Policial Militar.
Uma vez que há diferenças mesmo entre aqueles que se destacam, foram dados graus às condecorações, iniciando-se pela concessão da láurea de 5º grau até o 1º grau, sua maior graduação, esta concedida pelo Comandante Geral da PMESP.
Quando do processo de concessão, o conjunto da obra do policial militar é avaliado, não somente um fato pontual que tenha gerado a indicação.
Mesmo não considerada propriamente uma medalha, a LMP é tão almejada quanto aquelas.
A Láurea foi criada através de portaria do Comandante Geral da PMESP publicado em Boletim Geral nº 197 de 16 de outubro de 1974.
As láureas acima estão dispostas como usadas hoje.
Começando com a mais importante temos:
1º grau: Medalhão dourado esmaltado com fundo de couro branco.
2º grau: Medalhão dourado com fundo de couro vermelho.
3º grau: Medalhão prateado com fundo de couro vermelho.
4º grau: Medalhão prateado com fundo de couro preto.
5º grau: Medalhão bronze com fundo de couro preto.
Atualmente, os campos de couro são sempre quadrados com as arestas arredondadas.
O desenho do medalhão é o escudo que compõe o brasão da Polícia Militar paulista com o mapa do Estado de São Paulo estilizado ao fundo, tudo circundado por uma faixa filetada com os dizeres: POLÍCIA MILITAR acima e SÃO PAULO abaixo.
Acima temos uma láurea antiga.
O ícone no centro era o PMZITO, o mascote da PM paulista nos anos 70:
A láurea antiga, (de 1974 a 1988) é basicamente é o mesmo medalhão só que com outra figura central.
O campo de couro ao fundo também era ligeiramente diferente.
Ele tinha a forma quadrada com os cantos arredondados, mas, havia na parte superior, um alongamento com um corte vertical para a fixação no botão da camisa. Hoje a láurea é colocada com um alfinete por trás da peça.
Se viam ainda alguns modelos de láureas com um suporte de metal na parte superior com a finalidade de fixar a peça pelo botão do bolso da farda, mas, até hoje não encontrei nenhuma publicação oficializando esse detalhe:
Em 1988 foi criada uma nova farda na PMESP.
Era um modelo de transição entre a antiga farda cáqui e a atual cinza bandeirante, que tem uma tonalidade azulada.
Nessa farda os bolsos eram fechados por zíper e não havia como fixar o PMZITO.
Por isso fizeram a alteração no suporte de couro, aproveitando para trocar a imagem central para o escudo do brasão de armas da Corporação.
Lendas a respeito do PMZITO:
Primeira lenda:
Antigamente, corria uma história bizarra a respeito do antigo PMZITO.
Dizia-se que a figura era originária de um PM chamado Zito que, ao defender uma família do ataque de bandidos teria trocado tiros com sete deles, (nos primeiros modelos do prêmio era o número de pétalas da flor que a figura tem na mão esquerda) antes de ser morto.
Tudo não passa de estória para contar numa noite chuvosa, sem o menor fundamento.
Segunda lenda:
Algumas pessoas acham que existe uma medalha associada à Láurea do Mérito Pessoal.
Quem acredita nisso argumenta que, depois da Láurea do Mérito Pessoal de 1º Grau, existiria uma medalha supostamente com hierarquia superior a ser outorgada.
Lenda! Em nenhum decreto de medalhas há essa associação, tampouco na portaria do Comandante Geral.