sábado, 24 de novembro de 2018

Distintivo do Curso de Patrulhamento Tático e Ações Especiais de Polícia



Este distintivo foi regularizado em 29/11/2018 bem como o curso que ele representa. É ministrado no 1º Batalhão de Choque, consolidando a ROTA como unidade gestora do conhecimento na área de patrulhamento tático e ações especiais de polícia em todo o Estado.
Nesse curso, técnicas de policiamento em áreas difíceis e hostis são abordadas.
         Ele já foi ministrado antes, mas, recentemente se conseguiu homologá-lo junto à PMESP.

Aproveitando esta postagem gostaria de render minhas homenagens ao Tenente Coronel Mello Araújo pelo brilhante trabalho, não só na área operacional como também no restauro do edifício mais que centenário do Batalhão Tobias de Aguiar. 

Tudo com apoio da Associação de Amigos da ROTA.

Está ficando uma beleza!



sábado, 20 de outubro de 2018

Distintivo da Organização Feminina Auxiliar de Guerra - OFAG

      
No “homefront” brasileiro, na chamada “defesa passiva”, entre 1942 e 1945, existia a Organização Feminina Auxiliar de Guerra – OFAG. Era um serviço auxiliar de guerra.
Os serviços auxiliares de guerra abrangiam as atividades que, por sua natureza, interessam à vida da Nação em guerra e em que as mulheres substituiriam os homens convocados para o serviço militar.
Aprendia-se combate a incêndios, enfermagem, ligações e transmissões (código morse) vigilância do ar ( identificação de aviões) entre outros.
Tudo na eventualidade de uma invasão das forças do eixo. Abaixo, um dos inúmeros manuais de defesa passiva:

Sem dúvida, foram as OFAGs que abriram as portas da caserna às mulheres e influenciaram a criação da Polícia Feminina no Brasil, cujo pioneirismo é de São Paulo em 1953.


Abaixo uma farda em exposição no Museu de Polícia Militar de São Paulo.
Tivemos a honra de recebê-la em doação da senhora Ruth Karbstein, que participou desse seleto grupo:





segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Distintivos Emborrachados (PVC) de Gola nos Uniformes Operacionais

O Regulamento de Uniformes de 2017 regulamentou as insígnias e distintivos de atividade policial-militar para uso na gola dos uniformes operacionais:
Insígnia: confeccionada em PVC, disposta na gola esquerda;
Distintivo da atividade policial-militar, confeccionado em PVC, disposto na gola direita:


Abaixo, as especialidades Policiais Militares representadas:


Abaixo os postos e graduações:


Nos uniformes camuflados verde e nos macacões do GRPAe ficam assim:



Abaixo a colocação correta na gola:


Aqui a gola de Aluno-Oficial:


Aqui a gola de Aluno do Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais:


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Distintivo do Curso Técnico de Oficiais Bombeiros - Obsoleto



Já conhecia este distintivo há algum tempo, mas, não fazia idéia das circunstâncias em que ele foi criado.
Meus amigos Coronéis Wilson Oliveira Leite, Nilton Divino D’addio e Walter Negrisollo, que fizeram brilhante carreira nos bombeiros, me ajudaram a desvendar o caso.
O curso foi criado como reflexo de uma reinvindicação de melhores condições de trabalho, que incluía principalmente melhoria salarial!
Em 1961, após anos sem reajuste salarial nem melhorias na Força Pública, ocorreu um movimento no qual alguns setores chegaram a parar, como os bombeiros.
Sufocado no estilo “manu militare”, os Oficiais participantes do movimento foram todos transferidos e o Corpo de Bombeiros ficou sem Oficiais técnicos na área. Até 1961 não havia um curso voltado para bombeiros, apenas um estágio operacional.
Tentando amenizar a situação foi criado um curso para especializar os novos Oficiais, recém chegados.
O distintivo do curso era esse acima. O Regulamento de Uniformes de 1962 trazia a seguinte descrição:


Só estou vendo um problema nessa descrição: na peça não há as asas sobrepostas nem o hidrante que consta na descrição. Será que ignoraram essa parte?

      Pouco tempo depois foi criado outro distintivo, provavelmente, por mudanças no curso. Falo sobre ele neste link: (clique aqui).


domingo, 1 de julho de 2018

Distintivo de paraquedista da Força Pública paulista - 1953


Dentre tantas peças interessantes do Museu de Polícia Militar, existe uma bem curiosa: um distintivo do curso de paraquedistas da Força Pública de São Paulo.


Sim, tivemos um serviço de paraquedismo na Corporação. 

Para entender o porque disso é preciso situar o serviço no seu tempo. O nosso paraquedismo existiu entre 1950 e 1953. São Paulo não é um Estado pequeno (tem uma área equivalente à da à Grã Bretanha) e as estradas eram poucas e ruins.

Ainda nem se cogitava o uso de helicópteros que, se hoje são caros, nos anos 50 eram raríssimos e a um preço proibitivo.

Os paraquedistas paulistas foram pioneiros no serviço policial e de emergências, seguindo o exemplo dos smoke jumpers (bombeiros aéreos florestais) nos EUA e da Gendarmerie francesa.

A ocorrência mais importante atendida por eles foi saltar sobre a Amazônia num serviço de busca e salvamento do avião “president” da American Airlines que caiu entre o Pará e o Tocantins em 1952. O PARASAR ainda não existia.

Tratava-se do Boeing 377 Stratocruisier prefixo N 1039V , batizado Clipper Good Hope.

O Coronel Edilberto de Oliveira Melo, em seu explêndido livro "o salto na amazônia", detalha mais esse dramático episódio da Corporação.

Acima, o boletim Geral que criou o distintivo e abaixo, os paraquedistas da Força Pública de São Paulo em desfile.

Uma outra curiosidade: o bolso sobre o qual repousa o distintivo na foto é de um macacão usado pelos paraquedistas, também conservado no museu.



      Outra imagem, dessa vez com o embarque dos paraquedistas utilizando uma aernonave da VASP. A Força Pública, na época estava proibida pelas Forças Armadas de ter aeronaves. 

          Abaixo o macacão paraquedista conservado no Museu de Polícia Militar de São Paulo:




Para os colecionadores de militaria, uma alerta: hoje em dia se produz um distintivo quase igual a esse, só que com os dizeres “Polícia Militar” ao invés de “Força Pública”.  Existe ainda outro sem nada escrito, também produzido hoje.

Tratam-se apenas de “alegoria”, não representando os reais paraquedistas dos anos 50 do século XX.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

O Laço Hungaro na Força Pública Paulista


O laço húngaro é uma alegoria muito utilizada no meio militar para ornamentar os galões dos Oficiais.

Ele surgiu há bastante tempo, ainda no século dezenove quando se via fardamento com ele em uso pela Guarda Nacional e Exército nessa época. 



Mais recentemente, a Força Pública passou a usá-lo. Foi em 10 de julho de 1947 que o Boletim Geral da Força o oficializou.


Nas platinas cujo Oficial tinha alguma especialidade, o laço hungaro era substituído pelo seu distintivo como na primeira foto. A especialidade de medicina aparece na platina à esquerda.

      Em 1964, pelo Decreto N° 43.143, de 10 de março daquele ano, um modelo reduzido do Laço húngaro foi introduzido a fim de se adaptar em outros uniformes daquela época.

      Na imagem abaixo temos, alinhados em cima, as insígnias de túnica e, embaixo, as insígnias de camisa do então quarto uniforme (túnica com gravata).


Anteriormente, as platinas tinham só os galões, sem nenhuma alegoria como na imagem abaixo:


Na mesma época, tínhamos a Guarda Civil e Polícia Feminina que usavam estas platinas:

Acima temos as platinas da Polícia Feminina e, embaixo delas, as da Guarda Civil do Estado.
Todo o acervo aqui mostrado está em exposição no Museu de Polícia Militar de São Paulo. 
É interessante notar que, de acordo com a patente do Oficial os ângulos dos galões variavam.
Decreto 43.143 de 12/03/1964:
de 2.º e 1.º tenente o laço húngaro terá 0,038 m. de comprimento e o galão um ângulo de 60º; de Capitão o laço húngaro terá 0,040 m. de comprimento e o galão um ângulo de 115º; de Major a Coronel o laço húngaro terá 0,040 m. de comprimento e o galão um ângulo de 140º.
A largura dos galões será de 0,002 m. Nos postos superiores a 2.º tenente os galões serão unidos entre si por duas ligações paralelas. Os aspirantes não terão laço húngaro e, sim, uma estrela que será de aço dourado, com cinco pontas e 0,020 m. de diâmetro. O galão será de 60º de ângulo.
Essas insígnias serão colocadas nos centros das platinas e a igual distância das extremidades destas.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Distintivo de Comando de Unidade Operacional



Em 2016 foi criado um conjunto de distintivos ainda hoje difíceis de se ver em uso.
São tão novos que eu não encontrei as peças para fotografar.

 Abaixo, os desenhos com medidas em milímetros:

A fim de prestigiar os Capitães, Coronéis e Tenentes-Coronéis que comandaram Unidades e Subunidades operacionais, foi criado um distintivo que particulariza os Oficiais que nelas serviram.

Para se qualificar para o uso do distintivo o Oficial obedecerá às seguintes condições:

O Oficial deverá ter comandando uma Subunidade ou Unidade operacional por no mínimo dois anos, efetiva ou interinamente;

Seu uso é limitado a apenas um, correspondente ao nível mais elevado, independente do número de comandos exercidos.

Isso não é propriamente uma novidade. Nas Forças Armadas também existe essa distinção.

Descrição:

Escudo português redondo com campo esmaltado em azul nas dimensões 17mm X 20mm perfilado em dourado;

 No centro, um leão rampante modelado em relevo no mesmo metal voltado à destra empunhando um gládio em prata;

Em chefe haverá três tipos de carregamento:

Uma estrela dourada cinzelada e colada para Comandantes de Companhia;

Duas estrelas douradas cinzeladas e coladas para os Comandantes de Batalhão;

Três estrelas douradas cinzeladas e coladas para os Comandantes de Policiamento de Área/Interior.

sábado, 3 de março de 2018

Distintivo de técnica de ensino - obsoleto


Recentemente,  meu amigo Marcelo Tibúrcio me apresentou  um distintivo que eu nunca tinha visto e nenhum de nós conhecia. Consultando os “antigões”, descobri do que se trata.
Esse distintivo foi criado em 1971 quando a PMESP criou o Curso de Técnica de Ensino, na época em parceria com a Universidade de São Paulo. Daí o motivo de existir a coruja no centro da peça. Anteriormente a esse, os cursos de técnica de ensino eram feitos nas Forças Armadas.
Ocorre que esse distintivo nunca chegou a ser oficializado, apesar de eu achar seu design mais bonito do que o atual. Talvez por suas linhas clássicas. Não foi oficializado pelo fato de que, na época, o curso tinha carga horária pequena, o que contrariava as normas para sua existência (os cursos tinham que ter no mínimo seis meses de duração!). Na época, o Comandante da Academia era o Coronel Bravo.
Agradeço aos meus amigos Coronéis Olavo e Guaraciaba, meu ex-comandante na Escola de Bombeiros, pelas informações preciosas.
Para visualizar o distintivo atual clique aqui.